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Caso Uber: Um projeto sem planejamento pode afetar a sua reputação

on setembro 25, 2017 Comentários desativados em Caso Uber: Um projeto sem planejamento pode afetar a sua reputação

Há um bom tempo ouvimos falar de uma crise constante na Uber, que começa em brigas com taxistas e termina em abusos sexuais e violação de leis. Em verdade, todo o problema que a gigante da mobilidade tem enfrentado pode ter um nome: falta de planejamento.

Claro, a Uber foi a primeira a chegar no mercado, se fortalecer, dar a cara a tapa. Mas parou por ali e não continuou a manutenção. É lógico e matemático – mesmo para quem é da área de humanas – o fato que é preciso se preocupar sempre com o seu projeto para que ele não morra.

Recentemente comentamos sobre os motivos de o Facebook ficar cada vez mais forte todos os dias e ter as principais redes sociais do mercado em sua aba. Mark Zuckerberg simplesmente acorda todos os dias pensando em coisas que pode fazer para diferenciar a sua ferramenta, porque ele sabe que a todo momento tem alguém pensando destruir o seu império.

As marcas deveriam ter a mesma lógica, no entanto, não possuem. Muitas vezes não fazem uma projeção real de crescimento e das necessidades de cada etapa de uma empresa. Foi o que aconteceu com a Uber.

Uber proibida no Reino Unido

Na última semana, o governo britânico anunciou que não renovaria a licença da Uber para continuar a operação devido a empresa não se enquadrar nas leis locais. Nesta segunda-feira (25), o CEO da empresa, Dara Khosrowshahi pediu desculpas ao povo londrino e se comprometeu a promover mudanças para reverter o banimento da operação no país.

O problema, em verdade, é o que acontece no mundo todo. No início das operações, a empresa viralizou, porque apresentava um serviço muito superior ao que já era prestados pelos taxistas regulares. Logo na abertura da empresa, cada motorista era devidamente entrevistado, passava por exames e vistoria de carros e, só então, poderiam começar a dirigir.

No entanto, a empresa cresceu mais do que o esperado e atualmente a Uber não consegue fazer o controle dos motoristas. E, em verdade, nem quer. Afinal, não pretendem manter vínculos trabalhistas com os motoristas. O que aconteceu, depois da viralização, é que o serviço ficou precário e qualquer motorista passou a poder dirigir em nome da empresa sem sequer ter seus antecedentes checados.

Acusações e assédio nas viagens da Uber

Como as pessoas já entenderam que possuem voz – e uma voz forte – nas redes sociais, as acusações de assédio e maus tratos começaram a surgir. Após o anúncio da Uber de começar a aceitar dinheiro físico, ou seja, de os passageiros não precisarem utilizar cartão de crédito para o pagamento das corridas, o serviço ficou ainda pior; Há relatos de assaltos e até mesmo de sequestros de passageiros.

Reputação

Os tantos problemas que a empresa passou a enfrentar por ter tido um planejamento falho para o seu crescimento custou a reputação da Uber. Hoje em dia, com outros concorrentes, a empresa perdeu muitos clientes e continua tendo que reverter a sua imagem perante as pessoas nas redes sociais.

O que aprendemos com o caso da Uber é o seguinte: A partir do momento que entramos na internet, viramos parte do mundo digital. É preciso se adaptar a ele e se preocupar com cada passo, porque a viralização da sua reputação é maior. Quanto mais planejamento e planos B, C, D, E tivermos, menor vai ser o nosso risco. E menos problemas teremos.

Andressa NascimentoCaso Uber: Um projeto sem planejamento pode afetar a sua reputação

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