Recentemente falamos sobre a importância de fazer cross branding, conversar com outras marcas e se posicionar no mercado. No entanto, qualquer passo fora do ambiente do seu negócio pode ser fatal se não for seriamente estudado.
Um exemplo é o caso PayPal x Trump. O fundador da empresa, Peter Thiel, doou US$1,2 mi para a campanha do candidato a presidência dos Estados Unidos, Donald Trump. Ainda que ele não tenha mais ligação com a corporação – hoje ele é apenas investidor da tecnologia –, a ação acabou se tornando um buzz negativo nas redes sociais.
Com a doação, muitos internautas se revoltaram e passaram a promover boicotes contra a marca e a onda de raiva se espalhou pelas mídias. No twitter, foi criada a hashtag #BoycottPaypal (boicote ao Paypal) e muitas mensagens foram trocadas desde o anúncio do bilionário.
O que aprendemos com isso? Em primeiro lugar, que posicionamento de mercado é diferente de posicionamento político. Dar identidade para a sua marca, apoiar causas é diferente de colocar seu negócio no fla-flu que virou a política.
Em segundo lugar, aprendemos que nós somos a cara das nossas empresas. Não importa que a marca esteja idônea nas redes. Se você se posiciona de forma agressiva, ainda que nos seus perfis pessoais, fatalmente os fãs da sua marca vão questionar o motivo de as suas crenças serem diferentes do negócio que você mesmo criou. E isso pode quebrar a confiança dos seus consumidores.
Por último, aprendemos que precisamos saber quais brigas entrar e quais não. Quais conversas fazer parte, e quais não. Ninguém quer ficar em cima do muro. No entanto, existem bandeiras que podem ficar quietinhas no seu lugar.
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